quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Olá,
Que tal correram as vossas férias? Espero que tenham sido boas... Eu voltei a trabalhar no dia 1 de Setembro, isto após 14 meses de desemprego... Já estava cansada das férias, foi bom regressar!
Hoje decidi colocar um texto que me emocionou muito, por isso decidi compatilha-lo com vocês. Espero que aproveitem o melhor deste texto - "A Viagem".
"Um dia destes, li um livro que comparava a vida a uma viagem de comboio. Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada.
Interessante, porque a nossa vida é como uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques…
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse comboio, encontramos duas pessoas que, acreditamos que ficarão connosco na viagem até ao fim: nossos pais.
Não é verdade!
Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos dos seus CARINHOS, PROTECÇÃO, AMOR e AFECTO.
Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão a ser especiais para nós: NOSSO IRMÃOS, SOBRINHOS, AMIGOS e AMORES.
Muitas pessoas tomam esse comboio para passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no comboio há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitas descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no comboio de tal forma que, quando desocupam os seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão queridos acomodam-se em vagões diferentes do nosso.
Isso obriga-nos a fazer essa viagem separados deles, mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não nos podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará a ocupar esse lugar.
Essa viagem é assim:
Cheia de ATROPELOS, SONHOS, FANTASIAS, ESPERAS, EMBARQUES e DESEMBARQUES. Sabemos que esse comboio jamais volta.
Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajecto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender de entender isso.
Nós mesmos fraquejaremos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual paragem desceremos.
E fico pensando:
Quando eu descer desse comboio sentirei saudades? Sim.
Deixar os meus filhos a viajar sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.
Mas agarro-me à esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com a sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tenha tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o comboio diminui a sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas.
A minha expectativa aumenta, à medida que o comboio vai diminuindo a sua velocidade…
Quem entrará? Quem sairá?"

Eu gostaria que tu pensasses no desembarque do comboio, não só como uma representação da morte, mas, também como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós têm a capacidade de reconstruir para recomeçar.
Isso é sinal de garra e de lutar, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.
Agradeço muito por tu fazeres parte da minha viagem, e por mais que os nosso assentos não estejam lado a lado, com certeza o vagão é o mesmo.
No corre-corre do dia-a-dia não temos tempo para pensar nestas coisas... Mas cada vez é mais importante e reflectirmos de como está a correr a nossa viagem no comboio da vida!!!
Beijinhos e Abraços
Lai e Guida